terça-feira, 3 de julho de 2007

* O PAÍS E O SÍTIO DO DESPACHO...


Meu caro
Amigo meu!

Estamos então falados de escolas?
Falemos do lar, mas vamos falar do lar para quê?...
O Estado e os seus seguidores, por aí fora..., tomaram conta deste país há tempo demais. E deste sítio. E, como tal, ficámos todos com tiques de Estado: trabalha-se pouco,
protesta-se muito, sai-se cedo, não se faz nada, aldraba-se até dizer chega e, la piéce de resistance, vai-se a despacho. Fica-se à espera de milagres!

Para o milagre ter mesmo efeito, há uma causa divina: reza-se uma Avé Maria e um Pai Nosso, pedindo milagres de céu cheio, mas nem a Salvé Rainha nos salva. Nem ir a Fátima a pé, de promessa!

Tudo vai a despacho neste país.
E é do que andamos à espera: de ir a despacho.

Ir a despacho é uma condição de se sermos nós, heróis da pateira e do rio, tipo flautista de Hamelin em direcção a um penhasco qualquer.

A verdade é que isto é o país do despacho, a terra do despacho, até porque o despacho (ou ir a despacho – expressão deveras deliciosa...) é a maneira mais segura de protegermos e justificarmos as nossas inabilidades e incompetências! E de nada acontecer!

E, de facto, nada acontece.

O acto de ir a despacho é encerrado em si mesmo: quando algo vai a despacho podemos ter a certeza que se iniciou um processo de pasteurização ao contrário.
E o país, ou o que quer que chamem a este lugar, vai a despacho.
Mas tudo de um modo pouco despachado, como convém.

É uma pena que não se despache tudo de uma vez, se despachem todos quantos se arrastam e ufanam aplastados de mentiras e sonhos mal medidos e nos enganam em adiamento atrás de adiamento.
É que, depois, nem o diabo os ajuda!!! Pois se nem o Deus que nos criou e ama!!!
Nós estávamos a falar do quê?
Olha, vais domingo ao cinema?
Vamos comer pipocas?!
Teu,
2.Dois

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