domingo, 1 de julho de 2007

* A NOSSA ESCOLA

Meu amigo:

O que posso eu dizer-te sobre a nossa escola primária e o seu próximo encerramento? São as leis mercantilizadas da República e de quem nela manda. Leis de quem não é a favor do conhecimento e da sabedoria do povo mas do lucro do Estado. O que é que queres? Nem sou dessa cor!!! E lei é lei: dura lex, sed lex.

Mas tenho pena: as minhas primeiras grandes e boas memórias de vida foram sentida na escola, em recordações que sinto e não sei bem como contar. A última vez que estive na escola, dando um passeio no recreio, não gostei de vê-la semeada de ervas crescidas e deslimpeza. Com as paredes sujas, as plantas não tratadas. No nosso tempo não era assim.

Somos do tempo em que, sem contínuas, éramos nós mesmos a limpar o recreio e a escola. E depois quando vieram as contínuas continuávamos a limpar. A diferença é que deixámos de a limpar com gosto - porque passou a haver uma pessoa paga para isso e nós não gostávamos de pagar esse castigo.

O que sei da escola é o tenho lido nos jornais e na blogosera. Pouco posso dizer, meu amigo íntimo, para além de dizer-te do meu desgosto - e do teu?!... - que sinto ante a anunciada probabilidade de ser fechada. Não foi essa a escola que nós frequentámos e onde crescemos atè à adolescência vivida na Adolfo Portela de Águeda. Fico triste.
A morte de uma escola é a morte de uma terra!!!
Tua,
2.Dois



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