sexta-feira, 29 de junho de 2007

* OS FUMOS NÃO FUMADOS A CAMINHO DA IGREJA E ATÉ PASSAR O SACRISTÃO

O meu perguntado anda a provocar-me com citações de um tempo que eu já não lembro.
Os sg filtro, meu amigo íntimo, não foram nunca (de)fumados no detrás da capela de Santo António, nem me lembro de alguma vez os fumos soprados das nossas bocas nos levarem a espirais demais que o simples gesto da experiência adolescente.

Passávamos, disso eu lembro-me bem, por trás da escola a caminho da Igreja, pelos Arais, a correr meios doidos, como quem ia para a doutrina. Era essa a explicação que dávamos em casa e por lá nos guiávamos até às horas da noite.
Também íamos de trocos pequenos comprar chicletes à sra. Celeste e aproveitávamos para ler a Maria, o consultório sentimental - procurando descobrir nos nossos corpos a maldade das nossas intenções. Mas não íamos além disso.
Logo depois o pachorrento Vicente Sacristão era visto a caminhar rua acima, a caminho da torre das nossas trindades. A essa hora já tínhamos de estar em casa. E esperávamos sempre pelo verão dos dias que eram dias mais longos, para ir mergulhar no rio, ao largo das Areias. E quantas vezes quiseste tu descobrir o meu corpo na minha roupa molhada!!! Eu sabia!!...
Não exageres, amigo!!! Aprudenta os teus sonhos e não exageres nos teus relatos!!!
Tua,
2.Dois

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