terça-feira, 31 de julho de 2007

* SE É PARA IR REFERENDAR, REFERENDEMOS, MAS DEIXA-ME TOMAR UM CHÁ DE CAMOMILA

Cara Coisa

d´Óis:


Se é para irmos nalguma manifestação, vamos lá na manifestação!
Se é para assinarmos o abaixo assinado, assinêmo-lo já e sem demoras.
Se é para propor o referendo, então referendemos tudo o que for preciso!
Se é para mudar o nome à pateira, isso não precisamos. Usufruamos é dela, por inteiro e quando nos apetecer. Sempre que nos apetecer!

Se é para ir dar uma volta na ceifeira dos jacintos, vamos lá - antes que ela vá por água abaixo. Ou por ali fique esquecida, como a outra draga!
Mas olha, ó coisa, ando cansado e não me apetece hoje estar dar-te trela. Vou é tomar um chá de camomila e tentar adormecer!
Este calor deu cabo de mim!!
Desculpa lá.

Teu,
1.Dois

segunda-feira, 30 de julho de 2007

* PATEIRA DE ÓIS DA RIBEIRA, POIS ENTÃO!!!... - E OLHEM QUE ATÉ RIMA E TUDO...

Meu Amigo e
Senhor Chato:


Sabes o que te digo?! Está um caloraço dos diabos e muito mais importante que toda esta tua conversa, importa mesmo, hoje, é beber umas boas canecas de cerveja. Que calor! Mas eu disse canecas cervejas? Então eu nem sequer bebo!!!

Pronto, lá tenho de te dar resposta. És um chato do caraças e não sei como me livrar de ti!!!

Quanto à manifestação a favor de mudar o nome da pateira, tou nessa! Não é que me incomode muito que lhe chamem isto ou aquilo, mas, pronto, Pateira de Óis da Ribeira, até rima e tudo. Lá estarei e assino o abaixo assinado pelo referendo. De olhos fechados.

Quanto a isso das televisões cá virem, não me preocupa nada. Mesmo nada. Falo disso por falar. E acho que não fazem cá falta nenhuma. Está tudo dito: lixo com lixo se paga!

Olha, vou tomar banho, não se aguenta o calor!

Tua,

2.Dois

domingo, 29 de julho de 2007

* PATEIRAS E PATOS NA LAGOA A QUE CHAMAM DE FERMENTELOS SEM FAZEREM UM RESPONSÁVEL REFERENDO


Minha Especial
e Cara Amiga:

Vieste tu falar-me de patos? De patos na pateira? Olha, fui ver e até gostei de ver. Não tardará, vais é tu ver, que os maiorzitos estejam a ferver numa panela de arroz, à espera de algum grupo de esfomeados comedores. Eu por acaso gosto de arroz de pato. E tu?

Não deixa realmente de ser verdade que a lagoa se chama pateira e que isso se deva ao facto de ser lagoa de patos. Patos, pateira... a coisa está bem pensada. Só não percebo é porque é que é Pateira de Fermentelos e não é de Óis da Ribeira. Ou de Espinhel! Acho que deveria ser feito um referendo, não te parece? Pateira de Fermentelos? Pateira de Óis da Ribeira? Pateira de Espinhel? Ou simplesmente Pateira?

Vamos sugerir isso à Junta ou à LIOR?!
Eles agendam a coisa para uma Assembleia de Freguesia e a gente vai lá ver a cowboyada! Teria a sua piada.

E já agora e porque não, vamos falar com o tipo que cá trouxe as TV´s para voltarem e filmarem a manifestação de ribeirenses, na pateira, com as varas e os ancinhos no ar, a reclamarem que se chame de Óis da Ribeira. Vai ser uma gozação...
Teu,
1.Dois

sábado, 28 de julho de 2007

* PATINHOS NA PATEIRA, AOS PARES, AOS ÍMPARES E MUITO BONITOS! PALMAS!

Meu Caro e

Agitador Amigo:

Tu não perdes uma, para agitares as águas e opiniões ribeirinhas e atirares para o ar os teus venenos e vernáculos. Ora ouve lá, o que é que, na prática, eu tenho a ver com o lar, o par, o ímpar ou lá o que é isso?! Já não tínhamos falado sobre isso? Aquieta-te, rapaz, e não me chateies com o que eu nada tenho a ver!

Olha, o que quero aplaudir foi o que vi há dias na pateira, um grupo de patos num pequeno lago improvisado antes do primeiro passadiço, do lado sul.
Palavra d´honra que gostei de ver.
Afinal, aquilo da lagoa chama-se pateira, não é? Deve ter sido obra da Comissão de Turismo local, certamente liderada por algum dos notáveis da política ribeirense. Penso eu de que... De todo o modo e seja quem for, foi uma excelente ideia. Cá para mim!!!

Vai ver, que vais gostar. Eu, pequenina mas de olho vivo, aplaudo com as duas mãos!

Bom fim de semana também para ti!
Tua,
2.Dois

sexta-feira, 27 de julho de 2007

* O LIXO NAS TELEVISÕES...


Minha Caríssima
e Senhora Amiga:

Deixas-me sem palavras e então com essa de deixares estragar o estrungido, enfim... até me sinto culpado de algum mau-estar que isso tenha provocado no ambiente e fome familiar. Foi sem contar e sem querer. Desculpa-me lá, minha caríssima e senhora boa amiga!

Essa história das televisões em Óis é coisa que mais envergonha que prestigia, ainda por cima e ao que parece por uma coisa mais ou menos inventada. Até parece impossível como as televisões se envolvem nestas coisas. Eu por mim acho que os contentores estão muito bem onde estão e acho meio estranho que haja gente que queira o lixo ao pé da porta, mas enfim há gente para tudo. É a política caseira ao seu nível mais rasca.

Um destes dias se calhar não põem cá os pés por alguma coisa boa, por exemplo a inauguração do centro social, se é que ainda não foi inaugurado. As televisões só para armar escândalo e terem audiências procuram mais o lixo que as coisas boas que Óis também tem.

Não te sei dizer nada do lar, para além do que já sabemos todos.
Bom fim de semana para ti e para os teus.
eu,
1.Dois

quinta-feira, 26 de julho de 2007

* BRUXEDOS E INCENSOS, OS «PARES», OS LARES E OS ... ÍMPARES CASOS CÁ D´ÓIS

Meu Amigo
Inquietado:



Muito e contas! Não queres falar mais da reportagem da TVI, nem do lixo e lixas-me a mim, chamando-me uma série de coisas que nem me passam pela cabeça!!! Eu quero é que te danes e que não te preocupes com o meu ego, que eu dou conta bem do recado. Assim tu fosses capazes!

Vens-me para aqui com diabos, diabinhos e diabruras, mas o que te digo, e digo bem sério, é que ando preocupada com umas luzes que tem aparecido acesas e com umas roupas queimadas e cheiro de incenso perto da capela de Santo António, para o lado da pateira.

Comentou o meu aqui de casa que muito provavelmente era bruxaria, por causa aí de uns casos de saúde e estremas. Não sei se é. Sabes de alguma coisa?

Outra coisa: já tens novidades lá disso do lar, do pares ou do ímpares? Fala, rapaz... Não és tu o «sabe-tudo» cá da aldeia? Anda quase tudo muito calado e outros de orelha guiada, acho eu. Diz alguma coisa.

Abraços, cachopo!!! Tem juízo!

Tua,
2.Dois

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PS: Olha, com a conversa deixei queimar o estrungido. Vai-te lixar!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

* A COMADRE DIABOLIZADA POR CAUSA DE UMAS PIADAS BEM INGÉNUAS

Amada Comadre

d´Ois da Ribeira:


O que posso dizer-te, minha cara e amada comadre ribeirinha, neste dia em que o clorestrol me está a atazanar o juízo, é que, realmente, quem não te conhecer que te compre. Não é?!!... E não te conhecesse eu as alfinetadas d´algibeira que sempre gostaste de mandar, para azucrinar quem anda à tua volta!!!... Olha, vai é tu para o sítio a que me queres mandar. Vai pró diabo que te carregue!!!

Essa história da TVI já é lixo que sobre. Quero é que isso se lixe tudo. Quem anda à chuva molha-se e portanto se um qualquer lapardana resolver pôr a tromba no trombone, que se lixem todos.
Afinal, é tudo uma questão de lixo. Não achas?

Outra conversa: surpresa eu já não diria, mas é sempre uma gostosura ler-te a reagir como reages à mínima provocaçãozinha. Já não tens o fair-play da juventude e a idade está a amolecer-te os neurónios. Tem, calma rapariga. Lá porque eu te toquei ao de leve nos teus axes associativos e partidários, também não é razão para se enxofrares assim tanto. Não te diabolizes por piada tão ingénua!!!

Porta-te bem. OlHa que Óis precisa de ti, mas em forma!

Cumprimentos para o teu e abraços para os teus.

Teu,
1.Dois

terça-feira, 24 de julho de 2007

* AS COMADRES QU´ANDAM ZANGADAS E ALGUMAS VERDADES ALGO MAL CONTADAS!


Amigo Ribeirense

de Palavras Soltas:

Estou absolutamente espantada com a tua conversa e sobre o que comentas de mim! Já sabes mais do que eu, ou queres saber mais que eu? Cá para mim, que ninguém nos ouve, estás é a querer tirar-me nabos da púcara! Olham-e para este!!! Vai-te....

Sobre assembleias e teias locais, para usar a tua expressão, devo dizer-te que pouco ou nada sei, para além dos comentários avulsos que por aí cirandam, a falar de uns amuos e tolices de umas comadres zangadas. Mas que parece que realmente anda por aí alguma teia mal tecida, mal urdida, lá isso parece.

E mal contada.

O que também me parece evidente é que as fitas de que falas andam realmente mal rodadas. Há costumes e usos de alguma gente cuja moléstia tarde e a más horas se expurga. Mas o que é que tu queres, é típico da gente ribeirinha? E deixa-me que te diga que tu também não és a melhor peça!!! Também não és bom de assoar!... És mesmo de Óis.

Pensa nisso!

A propósito de fitas, não vi a tal da TVI. Perdi alguma coisa?! Mas do que ouvi, ele há realmente por aí cada fiteiro!!! Meu Deus!!!

Tua,
2.Dois

segunda-feira, 23 de julho de 2007

* ASSEMBLEIAS QUE ATEIAS, FITAS DO CINEMA E TELEVISÃO EM ÓIS

Cara Enamorada

e Bem Informada Amiga:

Muito me contas tu, de assembleias gerais e outras que tais! Bem informada, a menina, hein? E depois eu é que sei.... Não sei nada, tás a ver? E, já agora, quem te conta essas coisas todas? O teu «levou-te ao altar» certamente não é, pois ele não alinha nisso, tanto quanto eu sei.

Notícias nos jornais eu também não li. Já não há jornalistas em Óis ou estão todos moncomunados com a coisa. Bom, se calhar sou eu que estou a exagerar, e não se passa é nada. Assim seja e o melhor é estar calado. Moita carrasco...

O que me apraz registar, entretanto, é descobrir-te essa noiva fase de paixões! Sim sanhora..., muito me contas. Mas olha que é bom sinal e quando os avôzinhos ficam com a criançada, então até parece que se volta ao tempo de namorados. Espero que a fita, lá no cinema, tenha sido digna de vocês.

As fitas, cá por Óis, minha cara, estão pela hora da morte!
Olha lá, viste Óis na TVI?

Teu,
1.Dois

domingo, 22 de julho de 2007

* AMORES, AMUOS, NAMOROS, LARES, CONSTRANGIMENTOS E OUTRAS CIOSAS COISAS d´OIS DA RIBEIRA

Meu Venenoso

e Caro Amigo:

Vejo que andas muito bem informado sobre assembleias. Na verdade, o que me chega delas também não é o mais interessante, do ponto de vista da causa associativa. Mas talvez isso nem seja uma grande surpresa, pois nós conhecemos as pessoas. É gente desenamorada e constrangida, que sobe a estes palcos para tapar amarguras e exibir vaidades. Não achas?

O que verdadeiramente me preocupa é essa história da candidatura do lar, que ficou em águas de bacalhau em primeiras núpcias e não se sabe - ou eu não sei... - em que situação está. Se está noiva, a candidatura, e se é para casar. Ou se o noivado se fica apenas pelas promessas e juras de namorados. Namorados, pretendentes e amuados.
Tu sabes de alguma coisa?! Andas aí sempre em jantaradas com a malta, deves saber!

Hoje é domingo, li-te mais cedo e vou sair mais cedo. Vê lá tu: fui convidada para almoçar fora e ir ao cinema. O meu senhor amigo mais íntimo anda uma doçura e vamos recordar tempos de namoro. Acho é que ele anda desconfiado deste nosso correio.

Tua,
2.Dois

sábado, 21 de julho de 2007

* AMORES, CIÚMES, AMUOS, INFERNOS E NOVAS TEMPESTADES

Carérrima e Ciosa

Minha Boa Amiga:


Muito me contas, então, sobre os teus amores!!!! Quem não te conhecer, que te compre!!!... Amores bem conseguidos, heim?!!! Olha o que eu perdi... mas, a sério, fico contente com essa tua felicidade toda. Um abraço para o teu mais que tudo!!! É um felizardo, espero que se tenham dado bem hoje, com os ventos e a areia da Vagueira a voar!!


Bom, mas o que interessa aqui falar, podendo ser de amores - é de amores, pronto... -, mas é de amores a Óis da Ribeira. Ouviste falar, a propósito, nos (des)amores da última assembleia?! Parece que a coisa azedou, deu pró torto, os amores de há dois anos já não são o que eram e o «casório» já deu em divórcio. Quem havia de dizer e tudo por causa do quê? Do protagonismo, acho eu - pelo que ouvi dizer! E de uns amuos: Uns porque dizem que estão disponíveis para todo o serviço, outros porque não o mostram.


Ou muito me engano, minha carérrima e ciosa amiga, ou as assembleias vão retornar aos infernos e tempestades de há meia dúzia de anos. Ainda te lembras? Que diacho!


Bom, estamos de fim de semana. Falemos de coisas mais bonitas. Dos nossos sonhos pré-quarentões e da vida e das esperanças no amanhã. Não achas melhor?


Teu,
1.Dois

sexta-feira, 20 de julho de 2007

* AMORES (IM) PERFEITOS...

Meu Caro

e Imperfeito Amigo:


Não sei o que te dizer sobre essa tua insinuaçãozinha dos amores imperfeitos e não conseguidos. Desamorada, eu? Essa conversa não é comigo, se é que quiseste fazer piada comigo... Como sabes, sou rapariga de amores bem conseguidos e com esta idadezinha que Deus me deu, dou-me por bem satisfeita. Tomaras tu...

Ao que eu achei piada foi a essa tua teoria da distribuição social dos subsídios, ou o que lhe queiras chamar, para ligar as redes de saneamento. Achas que iríamos chegar a algum lado? Isso ajudaria a que tenhamos mais depressa os 3/4 de rede que nos faltam? Eu acho que não. Talvez se fale disso lá para daqui a dois anos, quando estiverem as eleições autárquicas à porta. E olha que não serei eu - apesar de persistires na insinuação de que estou muito ligada à política local. E o que é que terias a ver com isso? Vai-te lixar...

Se queres saber, não fui na excursão, não senhor! Aquilo não é para a nossa idade!

Amanhã volto à praia, para me vingar do azar do último fim de semana. Ficas convidado para a caldeirada do peixe.
Tua,
2.Dois

quinta-feira, 19 de julho de 2007

* AS EXCURSÕES SOCIAIS A NOSSA SENHORA A O CUMPRIMENTO DE PROMESSAS

Minha Cara e

Inquieta Amiga:


Eu ir na excursão social e política da Junta, rezar ao santuário de Fátima? Olha que não, olha que não... Não sou bem dessas coisas de passeios sociais e não molho o bico com qualquer coisa. E gosto de rezar mais no silêncio e menos na balbúrdia dos grandes grupos.

Aliás, se queres saber nem concordo nada com essa política a que chamam social e que anda a levar a malta em passeios. Acho que esse dinheiro poderia ser «gasto» em coisa mais úteis e que fossem mais do interesse geral. Por exemplo na tal rede de saneamento. Mais valia que esse monte de euros fosse para alguma família mesmo necessitada e que não possa pagar a ligação do ramal da rede de saneamento.

Mas quem sou eu para estes comentários? A família tem destas coisas e os compromissos assumidos com o povo devem se cumpridos. Não achas, ó coisa desamorada?!
Como ambos sabemos, as juras de amor devem ser assumidas. E política que se comprometa deve ser cumprida, para não haver divórcios e/ou separações.
Teu,
1.Dois



quarta-feira, 18 de julho de 2007

* A REDE DE SANEAMENTO VAI SER UMA REALIDADE EM ÓIS DA RIBEIRA

Meu Amigo
Incomodado:


O que eu te posso dizer sobre a rede de saneamento é Óis é simples: eu acredito que ela vai ser totalmente instalada. Não sei quando, mas vai. Quando não havia nada, não andavas para aí a reclamar, com bocas e tais despeitos!!! Agora tens 25% e reclamas. Será que sabes o que queres?

Digas lá o que disseres, estas coisas não se fazem de um momento para o outro e eu quero ter fé em que o tal QREN vai dar massa para isso, assim os nossos políticos saibam e sejam capazes de reinvindicar os nossos direitos. Aqui, eu sou capaz de concordar contigo: eles foram eleitos para isso, é para isso que lá estão.

Se reparares, Óis até é das freguesias que já beneficia de rede de saneamento. Outras mais fortes ainda despejam as coisas para a fossa.

Vais amanhã a Fátima, na excursão da Junta? Vai, vai, que és lá da cor.

Tua,
2.Dois

terça-feira, 17 de julho de 2007

* BOCAS DE ORELHAS SUJAS E A REDE DE SANEAMENTO DE ÓIS DA RIBEIRA

Minha Impertignada

e Ilustre Amiga:

Vens-me com essa das «bocas de orelhas sujas», de que te falava teu saudoso avô, na sua grande e popular sabedoria de quem passou muitos olhos e horas de bibliotecas. Conheci-o bem, era uma sabidola. E gostava de piscar o olho às raparigas. Era assim meio malandro, o teu avô - a neta tem a quem sair! Pois, por falar em «bocas de orelhas sujas», ocorre-me falar-te de saneamento. Da rede de saneamento de Óis da Ribeira - de que todos ouvimos falar, eleições atrás de eleições.

Acreditas mesmo que, depois deste quarto de redes estar enterrada, os três quartos que faltam ao nosso povo algum dia estarão a funcionar, dentro aí de uns 10 a 20 anos? Eu tenho algumas dúvidas.

O que se ouve dizer é que o Estado Português está teso que nem um carapau. E não sei se, quanto à rede de saneamento de Óis, há projecto para o que falta e se, havendo, se há candidatura. Tu que andas vulgarmente de jantas com o poder, não será que podias dar algumas novidades?
Será que, t ao saneamento, poderemos olhar o céu azul com olhos de esperança ou iremos ficar à espera, em tardes e anos de chuvas negras, a enlutar a nossa fé em melhores dias? Que é como quem diz: em mais saúde, mais limpeza, ambiente mais qualificado.

Fui hoje ver a tal ceifeira aquática. Desculpa lá: não tarda que fique por aí encostada. Como a draga. Eh, eh, eh...

Teu,

1.Dois

segunda-feira, 16 de julho de 2007

* JÁ BASTA DE FALAR DE JACINTOS, VAMOS VER O SOL A ESPALMAR-SE NA PATEIRA

Meu Caríssimo

e Nervoso Amigo:

Não tenho resposta para as tuas questões sobre os critérios de atribuição dos fogos de habitação social. Certamente isso terá lei própria, que eu não terei de executar. E sendo lei, por certo é justa!!!
Quanto à habitação social, vamos ficar por aqui? Eu acho que é bem melhor, para se evitarem "bocas de orelha suja", como costuma dizer o meu avô.
Não creio, na verdade, que valha a pena andarmos a exercitar argumentos quando - tu e eu... - não passamos de meros peões e nisso nada mandamos. Outros lideram o «jogo».

Eu retomava, se não te importasses, era a conversa sobre a ceifeira aquática que me mandaste ir ver atrás do coreto. Fui ver, sim senhor. E gostei de ver! E mais gostei de, encostada ao corrimão de um dos passadiços, espreitar as águas limpas da pateira. Limpinhas de jacintos! Lembras-te? Pela tal ceifeira, não sabes?

E se pudesses olhar o ocaso do sol, por cima das árvores de Requeixo de atrás da igreja, a espalmar-se nas águas, ficarias tão extasiado quanto eu e lamentarias como a tua gente política andou a perder tempo e, em tantos anos, não cuidou da nossa pateira, como devia!

Fui à Vagueira, mas vim cedo. A manhã, como sabes, foi de chuva!!!
Almocei e regressei. Para ir ver a tua odiada ceifeira.
Tua,
2.Dois

domingo, 15 de julho de 2007

* A HABITAÇÃO SOCIAL DO SURPEL, OS CRITÉRIOS E A CEIFEIRA AQUÁTICA

Minha Cara

e Inquieta Amiga:


Também é da Constituição essa indignada inquietação com que pões nas minhas palavras as palavras que eu não digo?! Eu não sou contra a habitação social, sou contra algum tipo de habitação e protecção social que protege os malandros, os não-faz-nada que pululam por aí e andam na xulice das nossas contribuições. E tu sabes que eu que sei que tu sabes de quem falo.

Sobre habitação social, já agora explica-me lá qual seria o critério que, agora na governação, o teu partido iria seguir para atribuir os fogos do «nunca mais» parque habitacional do Surpel?

Seria pela cor do partido dos candidatos, pela altura, pelo peso, pela cor do cabelo? Porque tem terra ou não tem pinhais, porque trabalham ou andam na borga, porque tem filhos legítimos ou parentes ilegítimos? Porque vestem calças de ganga ou andam de fato de fazenda da Covilhã?
Ou seria à custa de alguma cunha?

Não me lixes?

Olha, já foste ver a ceifeira aquática - encostada ao caminho da mota, atrás do coreto?. Ou muito me engano ou vai acontecer-lhe lo mesmo que à draga. Lembras-te?

Teu,
1.Dois

sábado, 14 de julho de 2007

* HABITAÇÃO SOCIAL, TAL E QUAL...

Meu Caro
e Surpreendente
Amigo:


Estou espantada com o teu raciocínio sobre a habitação social de Óis da Ribeira. Tu és afinal contra ou a favor? Não te entendo. Pareces ser daqueles que querem estar de bem com todos!

A habitação social deve ser favorecida aos que mais precisam e que, por uma qualquer razão, não têm capacidade ou meios para ter habitação própria. É um direito constitucional, sabias?! O que está em causa não é se é de Ois da Ribeira ou de qualquer outro lado.

Pegando no caso de Óis da Ribeira, não achas que as duas famílias beneficiadas não mereciam? Ou não precisavam? Não devíamos ser solidários com elas?!

Acho cada vez mais que te andas a travestir de uma qualquer pessoa que não aquela que eu pensava conhecer bem melhor. Repensa-te, rapaz!

Bom fim de semana para ti. Amanhã vou até à Vagueira!!... Aparece!
Beijinhos.
Tua
2.Dois

sexta-feira, 13 de julho de 2007

* HABITAÇÃO SOCIAL PARA QUE TE QUERO EU???? EU SOU CONTRA!!!

Minha Irritada

e Impulsiva Amiga:
Nada melhor que tocar-te nos calcanhares, para te pores aos saltos de raiva. Tem calma, fica lá com os teus sonhos estratégicos para o ribeiro que eu fico-me com a minha vontade de ter um bom fim de semana!
Mas não me vou sem te dar terla a essa história da habitação social, que de forma deslumbrada e menos responsável por aí tem vindo a ser anunciada. Para já, se queres saber, eu nunca sequer acreditei nisso. E sou contra o modelo de protecção social que se dá na área da habitação.
Porque é que os nossos impostos hão-de ir ajudar gajos que não trabalham, não fazem puto e ainda por cima tem o seu «ordenado» certinho em meados do mês?!
Sou contra e pronto.
Por outro lado, e sem querer apontar exemplos, até temos cá dois em Óis e vê lá no que deram!!! Vê lá, minha irritada amiga, no que deu a protecção social dos teus amigos que decidiram desbaratar uns valentes milhares de contos! Não se lhes saía do bolso, porque se saísse não o davam assim de qualquer maneira.
Queres melhor exemplo?
E afinal já não ouviste falar que a Junta deu o terreno para a «tua» Carta Educativa?
Teu,
1.Dois

quinta-feira, 12 de julho de 2007

* O PLANO ESTRATÉGICO DA PATEIRA E A HABITAÇÃO SOCIAL DO SURPEL

Meu Safado e

Insuportável Amigo!


Olha lá, ó «seu jacintinho das dúzias», isso não se faz, vires para aqui falar das minhas inabilidades automobilísticas, só porque não sei mudar a roda de um carro. Nem é não saber mudar, se queres saber... é não ter essa força de bruto que tu tens, para virar a chave de rodas. E olha lá se te levantaste da cadeirrinha e do ar condicionado, para me ires ajudar!!! Mas insuportável, insuportável é essa de vires para aí com teorias sobre as minhas ligações partidárias. E o que é tu que tens a ver com isso?

Para já, ficas a saber que há projecto, sim senhor, há projecto estratégico da pateira e não passa só pelo fluviário e dragagem dos rios até à Praia da Barra, como para aí insinuaste, em ar de gozo, com essa carinha que Deus te deu. Não tens vergonha, não?

Pois fica a saber que a ideia é muito mais abrangente, mas não te vou adiantar mais nada. Só te pergunto, seu safado e meu insuportável amigo, o que é que o teu partido fez pela pateira? Anda, diz-me lá...

E para acabar que hoje não estou nos meus melhores dias para te aturar, diz-me lá também por onde anda o famoso conjunto de habitação social do Surpel! Olha que já ouço falar disso há para aí um dúzIa de anos.

Tua e indignada amiga,
2.Dois

quarta-feira, 11 de julho de 2007

* O PLANO OU... A FALTA DO TAL PLANO ESTRATÉGICO DA PATEIRA

Minha Amiga Chata,

Impertinente e Amiga:


Muito me dizes tu, na alegação de ontem e em defesa das tuas cores partidárias. As tais dores de cotovelo de que tanto me falas e acusas estão a mexer-te por dentro. Não dês o flanco!!! Ora ouve lá: já que és tão militante da pateira e do partido, diz-me lá então onde está o plano estratégico por que te perguntei anteontem?
Não respondeste e obviamente não vais poder responder, nos próximos tempos: não há.

O plano foi anunciado, como são anunciadas muitas coisas, mas não está preparado - alinhavado sequer. E ao que sei nem para lá caminha. É assim a modos que como aquela do fluviário e a da navegabilidade da pateira, pelo Cértima e o Águeda, rio Vouga abaixo, pela ria e até à Praia da Barra.

Ganda nóia, ó coisinha!!! Grandes sonhos, os teus!!!! Grandes deslumbramentos tu para aí tens nessa cabecinha sonhadora!!!

Vamos lá é a coisas sérias e fala-me então desse famoso e anunciado plano estratégico da pateira, já que andas tão metida lá pela política e tens acesso aos dossiês. Vou gostar de ver!!!

Passa bem e vê se chegas mais cedo a casa!!! Dizem-me que andas muito noctívaga!!! Não te deixes perder. Olha lá para a bússola da tua vida - a pessoal, não a política ou partidária... - orienta-te e vê se aprendes de vez a mudar a roda do carro!
Teu,
1.Dois

terça-feira, 10 de julho de 2007

* A MOLHADA DE JACINTOS CEIFADOS NA PATEIRA E A MALHA NA ESCOLA PRIMÁRIA

Meu Persistente
e Insistente Amigo:


Os teus argumentos sobre a «história» da compra da ceifeira de jacintos deixam-me perplexa e desconfiada. Dando de barato a tua enorme capacidade argumentativa, que de novo trouxeste ao debate? Nada! Parece que te deixaste «corromper» pelo velho truque da conversa fiada. Nem parece teu..

A verdade é sempre irrebatível e, como sabes, não te adianta muito amorangares a conversa - que de conversa te conheço eu bem!!! Ocorre-me uma lembrança vaga, dos tempos da escola primária, quando de peito feito e cheio de nove horas, apalavraste em abuso e quase desclassificavas a professora - o que te levou a apanhares uma coça danada. Lembras-te? A tua me não te perdoou... Foi uma malha de pau e cabeleira!!

Olha, vem a propósito: o de quererem fechar a nossa escola. Até 2015/16, não é? Acho que não vale a pena ficarmos muito preocupados por aí além, pois nessa altura já este governo caiu e não teremos de aturar as suas (dele, governo...) taras legislativas.

Ainda sobre a escola, repara no gif animado deste post. Não te faz lembrar nada? Não fiques corado, pois já há muito perdeste a vergonha. Ai tu, espera aí... tu és (eras) é tímido!
Boa tarde, hoje tenho de ir a Aveiro!
Tua,
2.Dois

segunda-feira, 9 de julho de 2007

* A PATEIRA DOS JACINTOS E OS CIÚMES DA MINHA VELHA AMIGA ÍNTIMA


Minha Amiga
de Tantas Horas:


Gosto de ti quando te fazes assim meia fera enciumada e me apontas o dedo com acusações meio estrambólicas!!! Com que então, cheio eu de dores no cotovelo direito, não gostei da compra da máquina de ceifar os jacintos e, por isso, "vomitaste-te" assim para cima de mim, como se eu gostasse mais, ou gostasse menos, deste ou daquele que ocupam lugares públicos? Ou que compram ou vendam máquinas!
Olha que não, olha que não!!!..

A pateira está limpa, é verdade!! À vista desarmada. A gente vê.
- «O resto é tudo conversa fiada?!...». Pois é. Há muita gente com conversa a mais. E outra, a menos.
- «E o mérito é da Câmara do dr. Gil Nadais, por muito que isso custe aos críticos do costume!!!», dizes tu.
Se o dizes, minha amiga!!! E logo tu, tu que és toda lá da cor...
- E parece que isso me preocupa mim também, continuas tu a dizer!!! Ora, ora... minha cara amiga íntima: e por que me havia de preocupar?! O que eu gostava era de acreditar tanto em palavra pública como tu - tu que, como ambos sabemos, já tiveste de curar males de mentiras e ledos enganos, iludida pelas palavras doces de quem promete o que não é de dar!!! Ao pé de algumas coisas, isso dos jacintos é um mero acessório para iludir o essencial.

E a propósito da pateira, o que é feito, então, minha amiga boa, do plano estratégico há um ano anunciado com a pompa de quem exagera e a falta de circunstância de quem diz a mais e fala barato?
Lembras-te?
Teu,
1.Dois

domingo, 8 de julho de 2007

* A PATEIRA ESTÁ LIMPA E O RESTO É CONVERSA FIADA E DORES DE COTOVELO


Caro Amigo
«Jacinto»:

Não me convenceste com esse teu "ataque" verbal à decisão camarária de avançar para a compra da ceifeira aquática para limpar a pateira de jacintos. O resultado está à vista, como ambos sabemos. A pateira está limpa, que melhor poderíamos nós querer?
Eu acho que é mesmo de pôr foguetes, não porque comprar a ceifeira e pô-la a trabalhar seja a maior, mais sábia e melhor decisão do mundo - ou a descoberta da pólvora, como insinuas, com a tua carinha de gozo... - mas porque, parecendo assim uma decisão tão fácil... afinal ninguém a tinha tomado. Efoi tomada!! Se era assim tão simples, como é que ninguém dos autarcas que por aí tem andado, e há tantos anos!!!, ainda não se tinha lembrado disso?!!!
Anda por aí alguma dor de cotovelo....

A pateira está limpa, não te esqueças!! O resto é tudo conversa fiada!... E o mérito é da Câmara do dr. Gil Nadais, por muito que isso custe aos críticos do costume!!! E parece que a ti também!!!
Tua,
2.Dois

sábado, 7 de julho de 2007

* JACINTOS DA PATEIRA, POIS ENTÃO... E ENTÃO E AFINAL POR QUE NÃO???!!!...

Minha Cara

e Saudosa Amiga:

Queres que te fale de jacintos, essas espécies exóticas infestantes das águas doces e que são uma constante ameaça à biodiversidade local, bem como às actividades económicas, culturais e desportivas dependentes do meio hídrico que nesta área se praticam?! Isto é que é falar!!!

São plantas bonitas, mas provocadoras de mazelas ambientais perigosíssimas. Que, bem longe disso, estão longe de erradicadas da pateira.
Nem sonhem.
A limpeza feita já a vimos feita noutras alturas e com outras algas. Ou seríamos todos nós uns bacocos, uns ignorantes que não víamos o que agora viu alguém, comprando a ceifeira?! Ou fomos uns ignorantes que andámos para aqui há anos e anos, de trancas nos olhos, a bradar aos céus e contra os deuses terrenos da política local e, de repente, por magia e um saco de notas, 30 000 contos de reis!!!, tudo ficaria resolvido?!

Eu até gostava de estar enganado, juro... mas não me parece. Embora apeteça.

Nem me parece que seja normal, antes até muito precipitado, que se estralejem tantos foguetes a propósito da virtual (?!) limpeza e se repitam tantas vezes, até à exaustão, as virtudes da deliberação camarária, como se isso fosse a descoberta da pólvora!!! Ou o milagre do medicamento que salvará todos os sidosos do mundo e arredores. Digo eu, por aqui, o milagre da limpeza da pateira. - A desjacintização do ribeiro!

Dou de boa nota, porém, a alegria de ver o lençol de águas da pateira como ele estava na tarde de domingo passado. Quase límpido, só aqui e ali serpenteado de jacintos.
Milagre, ou não!!!

E que tal foi o concerto de ontem?
Teu,
1.Dois

sexta-feira, 6 de julho de 2007

* A POLÍTICA E OS JACINTOS DA PATEIRA

Meu caro

e hoje distante amigo:

A tua provocação e convite para ir ver Giberto Gil, como já sabes não pode ser aceite. Até que eu gostava: aprecio a extraordinária voz de Mariza (com um z...) e tenho-me de grandes respeitos pela enorme carreira do irmão brasileiro das cantigas e do violão. Mas não dá!!

Mas retenho-me sobre a tua explanação sobre a vida dos independentes, para te dizer que não concordo muito com o que disseste. Acheio os teus argumento até exagerados e deslocados.

Ser independente, em política, é não ser pau mandado dos interesses dos grandes e outros, é pensar e decidir por si mesmos, sem as amarras de uns senhores que querem, podem e mandam os escravos seus co-militantes dobrarem a espinha aos «interesses superiores dos seus partidos».

Concordo contigo: os independentes deram uma lição à partidocracia local. Não a deixaram enviuvar, é verdade - e esta da viuvez, neste caso, é uma bela expressão!!! - enquanto alguns grandes líderes puseram o rabo entre as pernas e se desresponsabilizaram das suas competências públicas e obrigações sociais.

Por estas e por outras é que parecemos às vezes mais pobres que o que somos, não fazemos o que somos capazes e nos deixamos enredar por caminhos que não levam a porto certo: ao desenvolvimento e ao futuro melhor! Repetimo-nos em experiências e abacocamos os nossos valores.

Dá-me, logo que puderes, novidades do concerto!

E o que me dizes tu, da limpeza dos jacintos da pateira?
Tua,
2.Dois

quinta-feira, 5 de julho de 2007

* INDEPENDÊNCIAS E IRREVERÊNCIAS

Meu bom e
Caro
Amigo:

Quando me falam em “listas independentes" lembro-me logo daquela nossa idade dos 13/15 anos, quando ainda não somos nada, nem ninguém, temos a mania que sabemos tudo e estamos mortinhos por sair debaixo da pata da família. Depois, quando já somos maiores, queremos voltar a ser pequeninos, para receber os «subsídios» do pai e da mãe. Ou do sogro! Porque chegámos à conclusão que mais valia sermos dependentes. Toda a vida!

Nas nossas memórias mais remotas, lembro-me de, com os meus amigos, nos sentarmos nas escadas no adro, ou no muro da escola, a magicar: «Quando eu for grande ninguém manda em mim!...». Quer dizer, quando for maior e independente! Só um de nós, por sinal uma de nós, é hoje o que dizia querer ser, quando fosse grande.

Com a passagem dos anos e com o uso, todos conhecemos as nuances dos nossos percursos (in)dependentes. Não são nada da extensão territorial e emocional que sonhámos, e cá continuamos nós dependentes de quem manda e dos seus abusos do poder. De quem conhecemos já, aliás e bem, todos os cheiros, ruídos e... perspectivas.

De resto, desse mito a que hoje em dia se chama “independência” - política ou outra qualquer... - mas a que eu chamo “irreverência”, tudo vai bem e recomenda-se, muito obrigado.

Vamos trocar as pipocas do cinema de sábado pelo concerto do Gilberto Gil e da Mariza da noite de amanhã?
Tua,
2.Dois

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NOTAS
1 - Parabéns pelo que ontem disseste. Continuas magnífico, na retórica, na engenheirice das palavras e dos argumentos!!! Já te conheço.

2 - Suponho que a tua pergunta de ontem tinha mais a ver com a LIOR! Era? Olha, tiveram a coragem que os dirigentes partidários não tiveram e não deixaram viúva a democracia eleitoral de Óis.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

* NÃO DIGAS NADA E NÃO VÁS À BRUXA...


Minha cara amiga íntima:

Deixaste-me sem resposta, embora me apetecesse responder e dar troco aos teus argumentos de ontem. Por vezes, como nos velhos tempos, és mesmo brilhante. Como é que andas tu tão de fora, tão arredia das coisas de Óis da Ribeira, sem participar em nada? É coisa que um dia me vais explicar, bem explicadinho. Não esquecerei.

As tuas observações fazem-me, no entanto, repensar as minhas opiniões e no que elas têm de grau político e crítico sobre o interesse público de Óis da Ribeira. Ou seja, em nada.

A verdade é que me recuso a pensar politicamente sobre o que quer que seja. Até porque acho, sinceramente, que pensar politicamente sobre o que quer que seja é a mesma coisa que sujar qualquer linha de raciocínio.
E eu gosto das coisas limpinhas.
Não é que seja um maníaco da limpeza. Isso é mais, em termos de Óis da Ribeira, para a Junta de Freguesia e para os seus colaboradores. Mas não tenho qualquer fobia que me impila (palavra interessante, numa perspectiva puramente feminina...) a dizer aquilo que acho de uma forma cor de rosa, alaranjada, vermelha ou azulo-amarelada.
Aliás acho que, se existem cores, o melhor é que as usemos com a pluralidade que elas merecem.

O que realmente me preocupa é o facto de os ribeirenses insistirem em compartimentar as suas opiniões em gavetas inexplicáveis. Para mim, as coisas não são monocromáticas. Nem bicromáticas. Para mim, quem não faz nada e "produz atrasos", deve ser posto no seu sítio - ser esquecido.

E não me venham cá com razões sobre a minha parca formação intelectual e política, porque, por mais parca que ela seja, e por mais «divertidíssima» ou infeliz que seja a vida, um bom ribeirense será sempre um ribeirense a quem tirarei o chapeú, independemente da cor da minha (e já agora, da sua) opinião política.

O que achas tu, minha boa e íntima amiga, a terminar o meu namoro de hoje, dos independendentes da política?
Diz-me lá!
Aceito teu convite para o cinema e as pipocas!
Lá, no escurinho, quem sabe?, poderemos cozinhar uma qualquer resposta para as nossas dúvidas. Mas não vás à bruxa!!! É pecado!!!
Teu,
1.Dois

terça-feira, 3 de julho de 2007

* O PAÍS E O SÍTIO DO DESPACHO...


Meu caro
Amigo meu!

Estamos então falados de escolas?
Falemos do lar, mas vamos falar do lar para quê?...
O Estado e os seus seguidores, por aí fora..., tomaram conta deste país há tempo demais. E deste sítio. E, como tal, ficámos todos com tiques de Estado: trabalha-se pouco,
protesta-se muito, sai-se cedo, não se faz nada, aldraba-se até dizer chega e, la piéce de resistance, vai-se a despacho. Fica-se à espera de milagres!

Para o milagre ter mesmo efeito, há uma causa divina: reza-se uma Avé Maria e um Pai Nosso, pedindo milagres de céu cheio, mas nem a Salvé Rainha nos salva. Nem ir a Fátima a pé, de promessa!

Tudo vai a despacho neste país.
E é do que andamos à espera: de ir a despacho.

Ir a despacho é uma condição de se sermos nós, heróis da pateira e do rio, tipo flautista de Hamelin em direcção a um penhasco qualquer.

A verdade é que isto é o país do despacho, a terra do despacho, até porque o despacho (ou ir a despacho – expressão deveras deliciosa...) é a maneira mais segura de protegermos e justificarmos as nossas inabilidades e incompetências! E de nada acontecer!

E, de facto, nada acontece.

O acto de ir a despacho é encerrado em si mesmo: quando algo vai a despacho podemos ter a certeza que se iniciou um processo de pasteurização ao contrário.
E o país, ou o que quer que chamem a este lugar, vai a despacho.
Mas tudo de um modo pouco despachado, como convém.

É uma pena que não se despache tudo de uma vez, se despachem todos quantos se arrastam e ufanam aplastados de mentiras e sonhos mal medidos e nos enganam em adiamento atrás de adiamento.
É que, depois, nem o diabo os ajuda!!! Pois se nem o Deus que nos criou e ama!!!
Nós estávamos a falar do quê?
Olha, vais domingo ao cinema?
Vamos comer pipocas?!
Teu,
2.Dois

segunda-feira, 2 de julho de 2007

* A ESCOLA E O LAR DA 3ª. IDADE

Minha cara
e boa amiga:


Os teus argumentos sobre o próximo mas eventual encerramento da nossa escola primária parecem irrebatíveis. Não são.

O encerramento de uma escola primária não é necessariamente a morte de uma aldeia. Pode ser a sua sobrevivência futura e a auto-estrada aberta para o conhecimento daqueles que, sendo nossos filhos, vão conhecer outra gente e meios e outras culturas, noutras terras e com amigos outros de outros mundos sociais e culturais.

O que se passa no caso de Ois da Ribeira é, apenas e afinal, a imagem em ponto pequeno da pequenez política de Águeda - que vai alegremente, cantando e rindo, perdendo tudo o que tem de melhor. Ou teve. Sobra o hospital. Pouco mais.
Em Ois da Ribeira, iremos perder a escola dos nossos amores?! Parece que nem é certo!!! Mas também as nossas paixões já são adultas e devemos saber consolar nelas a nossa pequenez. Esqueçamos a escola. Poderá vir a ser a futura sede da Tuna, quem sabe?!

Quando eu digo que ficamos de braços cruzados quando falam que vamos ficar sem a escola, lembro-me de outras situações em que ficámos para trás: o que em dizes, amiga minha, de termos sido excluídos do processo de candidatura para o lar?! O mesmo lar que agora vimos os de Travassô faustosamente festejar, fazendo estralejar foguetes no ar do seu contentamento?!
Teu,
1.Dois

domingo, 1 de julho de 2007

* A NOSSA ESCOLA

Meu amigo:

O que posso eu dizer-te sobre a nossa escola primária e o seu próximo encerramento? São as leis mercantilizadas da República e de quem nela manda. Leis de quem não é a favor do conhecimento e da sabedoria do povo mas do lucro do Estado. O que é que queres? Nem sou dessa cor!!! E lei é lei: dura lex, sed lex.

Mas tenho pena: as minhas primeiras grandes e boas memórias de vida foram sentida na escola, em recordações que sinto e não sei bem como contar. A última vez que estive na escola, dando um passeio no recreio, não gostei de vê-la semeada de ervas crescidas e deslimpeza. Com as paredes sujas, as plantas não tratadas. No nosso tempo não era assim.

Somos do tempo em que, sem contínuas, éramos nós mesmos a limpar o recreio e a escola. E depois quando vieram as contínuas continuávamos a limpar. A diferença é que deixámos de a limpar com gosto - porque passou a haver uma pessoa paga para isso e nós não gostávamos de pagar esse castigo.

O que sei da escola é o tenho lido nos jornais e na blogosera. Pouco posso dizer, meu amigo íntimo, para além de dizer-te do meu desgosto - e do teu?!... - que sinto ante a anunciada probabilidade de ser fechada. Não foi essa a escola que nós frequentámos e onde crescemos atè à adolescência vivida na Adolfo Portela de Águeda. Fico triste.
A morte de uma escola é a morte de uma terra!!!
Tua,
2.Dois