terça-feira, 29 de julho de 2008

* A CULTURA POPULAR EM ÓIS DA RIBEIRA E... AS NOSSAS AVES DO PATÓDROMO


MEU CARO
RIBEIRENSE:


As férias levaram-me para longe e mesmo levando o PC, acontece que não tinha rede. Nem indo à Loja do Cidadão lá do sítio. Cá está a explicação ao meu silêncio destes dias todos.
Não foi pois, realmente, por falta de argumento essa tua falaciosa teoria sobre a amizade que me afastou de resposta. Mas creio que não vale agora a pena entrar nisso.
Voltei hoje a Óis e tive notícias do patódromo do palhal do Ritos: há uma ninhada nova - de nove patinhos... - e uma senhora que lá dava de comer às aves, disse-me que sabem quem roubou os outros patos, mas que ninguém fez nada. Ora bolas... para que é que então são as autoridades?
Soube da festa da Tuna e li na net que foi pró fiasco, a perceber as palavras do vice-presidente Luís Neves, quando disse que foi uma surpresa pela negativa, que no começo do concerto estavam lá meia dúzia de pessoas.
É um bom tema: merece Óis, ou justifica-se que em Óis se realizem manifestações culturais?
Diz alguma coisa.
Tua,
2.Dois

quarta-feira, 9 de julho de 2008

* AMIGOS, AMIGOS, ESTÁ CERTO..., MAS AMIGOS SEMPRE À PARTE!...




MINHA CARA
AMIGA:


Acho que essa história da visita da tua mãe e da amiga foi apenas um pretexto teu para te meteres com as tuas habituais ilusões da vida e sobre quem são os teus amigos e os teus conhecidos. Montaste um disfarce!
Há, como devias saber, outras maneiras muito mais simples de fazer essa avaliação. Por exemplo, quando se falta ao trabalho e se vai para as urgências do hospital e há quem não seja capaz de um telefonema ou de uma mensagem escrita sequer, não tem nada que saber: esses são os conhecidos.
Os amigos telefonam, perguntam, preocupam-se, em suma. E não estou a exagerar. Claro que há sempre os que não souberam de nada. E esses serão amigos na mesma, porque não são bruxos. Quem tiver dúvidas deste nível na sua vida, basta estar atento. Parece-me que é esse o teu problema.
Uma alegria também serve, que há aqueles "amigos" que são incapazes de estar connosco num momento feliz, mas até gostam de emprestar o ombro nos momentos em que estamos de gatas. Pois, como bom ribeirense, aí te empresto o meu.
Teu,
1.Dois

domingo, 6 de julho de 2008

* A MINHA (IN)AMIGA DE HÁ 20... ANOS!


CARO AMIGO
RIBEIRENSE:


Vocês, os homens, são uns estupores, não sabem o que é a dor de uma mulher. Nunca pariram, não sabem o que custa!!!. Nem te vou falar do que me dói, mas vem ao caso que sábado (ontem) tive visita da minha mamã, muito preocupada com o meu estado de saúde.
Vinha com uma amiga dela, de quem eu não gosto e que eu não via há uns... 20 anos. Da última vez que ela me viu, eu era adolescente, com um amor preso por rabos e que dava com a minha mãe em doida - depois ela lá se habituou, e quando ela se habituou a coisa esboroou-se, como era de prever.
Eu andava pelo 11º. para 12º. ano e não sabia porra nenhuma, nada de nada, mas tinha as manias e paixões da idade e essa tal amiga da minha mãe meteu-se no assunto e ia dando cabo cá de um estrungido de que eu não quero falar. Por isso não gosto dela, ainda hoje!
Sábado à noite, jantaram cá em casa, mas fiquei a perceber que o assunto era sobretudo uma terceira, eu, ultimamente a precisar de socorros vários. ´
Às tantas, farta da «traidora», resolvi inventar uma saída precária e foi o que fiz melhor. Fui dar uma volta e já tinha caimbras quando voltei a casa. A noite acabou por ser boa, acabando as duas senhoras a falar da vigarice de que há semanas foi vítima a ti Felismina. Ou, pelo menos, eu quero acreditar que sim. Que a noite foi boa. Assim, não me chateio tanto!
Para acabar, nem precisavas de trazer a hortaliça, trouxe-a a minha mãe! E que sabor!
Tua,
2.Dois

quinta-feira, 3 de julho de 2008

* HORTALIÇA PARA DOENÇAS DE MULHER...


MINHA CARA
RIBEIRINHA:

Dores de saúde de mulher na tua idade, diz que não é a coisa mais alegre do mundo, mas também escusas de te lamuriar tanto. Cuidasses-te quando eras mais nova, não perdesses tanto tempo pelas noites dentro. Agora aguenta-te!
Cheguei a pensar que isso até era outra coisa, devido aos enjoos que quis adivinhar na tua doença. Não é por nada, mas diz que na tua idade «essa coisa» que eu pensei é perigosa.
Li no site do Luís Neves que a Tuna vai tocar ao Rio Povo em Águeda. Sabes o que é isso? É que lá só está o cartaz, parece que é uma festa de música popular, com várias asociações de Águeda. É giro ver Óis envolvida nessas coisas!
Sábado vou a Óis, queres mais hortaliça?
Como parece que o feijão verde - que no nosso tempo se chamava vagem... - te faz bem, então, olha lá, come feijão verde rapariga! E dizerm também que alho picadinho com um fiozinho de azeite também faz muito bem. Já experimentaste?
Ocorre-me agora: domingo é da dia comunidade, já não me lembro lá ir e de novo não posso. Isto de compromissos da família é meio tramado. Tenho de ir à terra do outro lado parental, por causa de uma festa de primeira comunhão. Tem de ser: a madrinha é a senhora cá da casa!
As melhoras.
Teu,
1.Dois

quarta-feira, 2 de julho de 2008

* O FEIJÃO DA NOSSA HORTA E AS DORES SOFRIDAS DO MEU CORPO!!!!




MEU MIGO
RIBEIRENSE:


Muito me contas tua da ida ao pátio de lá de casa, consigo imaginar o meu pai a esfarripar o bacalhau na dispensa, para comer umas boas taliscadas cruas e bem salgadas. Bem o avisa a minha mãe, por causa da saúde dele, mas liga ele bem pouco!
Vocês em tainadas e eu por aqui, meio moribunda, com a pior disposição física dos últimos tempos, inquieta e chata como não me lembro.
Ando de cara feia e desmaquilhada, sobrancelhas arqueadas, lábios cerrados e voz grossa, sempre a tossicar, pareço uma velha. Tudo o que me dizem e tudo o que não me dizem, tudo me faz acender o pior de mim. Hoje, então, nem te digo, foi dos piores dias, depois de vir da consulta, consegui discutir com toda a família várias vezes e se queres te digo, nem me reconheço, nem eu mesma me consigo aturar. Os adoslecentes cá de casa, dizem-me que isto é da idade e isso ainda me irrita mais.
Para acabar em melhor tom, comi hoje um feijão verde divinal, com bacalhau cozido. Quem, tem uma mãe destas, tem tudo. Pronto, tá bem, e quem tem um amigo destes, que nos traz a hortaliçazinha fresca da aldeia!
Beijos para vocês!
Tua,
2.Dois