segunda-feira, 30 de junho de 2008

* O TURISMO E A AGRICULTURA DE ÓIS DA RIBEIRA


MINHA CARA
RIBEIRENSE:


Estava boa a alaface e o feijão? Olham que foram apanhados na hora, pela tua gente e lá no quintal. Enquanto a senhora tua mãe foi à colheita, fiquei eu e teu pai a bebericar um tintol de estalo que ele lá tem em casa, com broa e azeitonas e umas taliscas de bacalhau cru. Uma delícia!
Falamos, ainda que muio rapidamente, das coisas de Óis e do entusiasmo que por lá vai sobre as jornadas culturais e outro passeios que tais, da Junta. Eles, como sabes, não perdem uma passeata, e até acho que fazem bem! Só não percebi muito bem é como o senhor teu pai, socialista como é, e dos ferenhos, anda nestas passeatas oferecidas pelo PSD do sô Pires.
Passei apressado pela pateira, onde estava muita gente, a comensar. Quase tudo, ou mesmo tudo de fora da terra. É o turismo a que no nosso tempo se chamava do garrafão e agora e mais das garrafas de refrigerantes e da coca-cola!
Não tive, ontem, ocasião de te ver, mas desejo-te as melhoras. E rápidas.
Teu,
1.Dois

sexta-feira, 27 de junho de 2008

* ANTIBIÓTICOS, FEIJÃO VERDE E ALFACES...


MEU CARO
RIBEIRENSE:


Vens tu aí sempre com as tuas teorias, nas mais das vezes até engraçadas, valha a verdade, mas a verdade é que quem anda a antibióticos e seringas sou eu!! Eu é que tenho aqui as espetadelas naquele sítio que a gente olha para trás e ando a mostrar duas vezes por dia a enfermeiros e enfermeiras.
E se queres saber, mesmo não sendo eu gente de acreditar em pragas (apesar de cruzar os dedos sempre que não dou esmola a alguém, por exemplo...) a verdade é que começo a pensar se não terá havido aí gente a desejar-me o pior, tipo aquelas possessas que por aí passam a dizer que as ando a enjoar por qualquer coisa e foram ao professor Bambo para me fazer um malezinho qualquer.
A verdade é que estou em casa e com pés de elefante, que não entram nem à força dentro dos sapatos mais largueirões que tenho. Os inchaços voltaram e se bem que os resultados das análises indiquem que está tudo bem, tudo perfeito. Tenho mais análises para fazer na terça-feira e mais três ecografias. Talvez se descubra que é... nada e eu por agora já não sei o que pensar!
Se sempre fores a Óis passa lá por casa e traz-me feijão verde e uns pés de alface. Faz-me esse favor!
Tua,
2.Dois

quinta-feira, 26 de junho de 2008

* ÓIS DA RIBEIRA MAIS MODERNIZADA?!


MINHA CARA:


Cada um tem direito à sua mania, não é? Agora a ti deu-te para achar que Óis até te parece mais moderna, blá-blá-blá... Pois, isso deve mesmo ser efeito dos antibióticos!!! Uma terra moderna, vejam lá!
Se formos pela rua do Cabo abaixo, vemos logos casas velhas e abandonadas: Zé Rodrigues, Acácio, aquela casa grande que acho que é do Porfírio, Valdemar, Zé Neves, Bilito, aquelas duas casa a seguir à loja da Joaquina, a do sr. Jaime e a que está em frente, uma encostada á do Lino Bifes, a do sr. Baptista e as duas encostadas, aquela onde funciou a Arcor, em frente ao Salvador, Contei, de cor: 15 casas velhas e abandonadas.
O largo do Cruzeiro vê-se cheio de lixo solto e cães vadios, carros mal estacionados, etc. E dizes tu que achaste Óis mais modernizada!!!
Quem me dera voltar a Óis e sentir esse cheiro!
Por falar de Óis, devo lá ir no sábado, buscar horatliça e batatas, está a ver! A minha mãe está farta de me dizer para lá ir e não vou desperdiçar a oportunidade.
Melhor saúde para ti.
Teu,
1.Dois

quarta-feira, 25 de junho de 2008

* HOJE VI ÓIS DE OLHOS DIFERENTES!..


MEU CARO:
Tu até podes achar uma piroseira, mas hoje dei-me a ter vontade de sair, desembrulhando-me destes dias de clausura e antibióticos. Já mal respirava!!
Fui até à praia e dei uma passeadela pelo paredão, soltando o olhar pelas águas do mar. Fez-me bem e senti-me bem, embora me aborrecesse solenemente a algaraviada de putos a correr e a andar de bicicleta, um deles chegou mesmo a bater em mim.
Mas resplandeci!
Fugi desse caminha-corre do paredão e fui pelos passadiços fora, sentindo-me um pouco a olhar para a pateira, como se estivesse em frente às codiceiras. Sente-se o cheiro, embora o mar seja outro!
Bom, isto é tudo para te dizer que não tarda e estarei de alta e bem segura, para os reencaminhamentos da vida. Ainda hoje, fui a Óis buscar a descendência, que por lá ficou desde domingo. E até eles notaram a minha diferença física e mental. Talvez por tudo, mas também, ao certo, porque como que respondendo às minhas queixas de há dias, recebi mensagens de amigos, quase me enchendo a caixa de emails.
Ser calhar por isso tudo, Óis pareceu-me hoje uma terra mais moderna e arejada! Seria da minha disposição, mas que pareceu, pareceu!
Tua,
2.Dois

terça-feira, 24 de junho de 2008

* CALDOS DE GALINHA PARA DOENTINHOS...


CARA DOENTE
RIBEIRENSE:


Estar doente é que está a dar, chegam-nos os miminhos, todos se preocupam com a gente, sabe-se lá o que todos não fazem para que nos sintamos melhor. Chegam-nos os remédios, olham as horas, trazem o chá, olha lá não te falte nada...
Mas pelo que vejo queixas-te dos teus amigos, não te telefonam não mandam msn, não vão ao messenger, são uns ranhosos... esses teus novos amigos e amigas. São da cidade, não sabem o que matar uma galinha para fazer um caldo da cuja e dá-lo a uma mulher doente...
Hoje à tarde passei por Óis e vi que o adro tem uns bancos, tive pena de mão levar a digital, fotografava. E vê lá, fui de propósito à pateira para levar pão aos patos, roubado do almoço no restaurante e vi que não estavam lá. Soube por um pescador que tinham sido roubados... bem dissemos nós por aqui que iriam parar a algum tacho de arroz. De certeza!!!
As tuas melhoras, rapariga!
Teu,
1.Dois

domingo, 22 de junho de 2008

* AS DESILUSÕES DE BAIXA MÉDICA!...


MEU CARO
RIBEIRENSE:


O que ouvi das marchas foi coisa parecida com o que descreveste, mas a senhora minha mãe assegurou-me ter gostado. E, com ela, muito boa gente! Portanto, marchas aprovadas e toca a machar para as marchas do ano que vem!
Viva as marchas populares, sejam elas autos de teatro de rua, sejam o que cada um quiser!
Venho falar-te hoje de alguma desilusão minha, neste período de baixa! Nunca tive, é verdade, grandes ilusões sobre quem são os meus amigos e quem são os meus conhecidos. Mas há maneiras muito simples de fazer essa avaliação. Por exemplo, quando se falta ao trabalho e se vai para as urgências do hospital e há quem não seja capaz de um telefonema ou de uma mensagem escrita sequer, não tem nada que saber: esses são os conhecidos.
Os meus amigos telefonaram, perguntaram via sms, preocuparam-se, em suma. Sou exagerada? Sou demasiado escorpião? Demasiado gaja? Recalcada? Não creio. Sou é lúcida. Claro que houve os que não souberam de nada. E esses serão amigos na mesma, porque não são bruxos. Quem tiver dúvidas deste nível na sua vida, basta estar atento. Uma alegria também serve, que há aqueles "amigos" que são incapazes de estar connosco num momento feliz, mas até gostam de emprestar o ombro nos momentos em que estamos de gatas. Aos meus amigos, obrigado.
Tua,
2.Dois



PS: Amanhã, volto à clínica! Reza por mim!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

* AS MARCHAS E OS AUTOS DE REPRESENTAÇÃO POPULAR...


MINHA CARA
RIBEIRENSE:


Não sei se perdeste grande coisa, por não ires ver as marchas. Quem me falou delas, viu-as de uma forma muito exigente, explicando-me que foram mais uma exibição folclórica que propriamente marchas populares. Aliás, a conversa levou-nos a recordar o que vi mesmo há dois ou três anos, na escola, pela Tuna: uma representação etno-folclórica, com uns versos mal arrimados a querer contar uma história de lavadeiras.
Ora isso, Deus me perdõe... é mais um auto de representação teatral que marcha popular. A malta não vê como se desfile em Lisboa? Há lá tripeças e regadores, ou malhos de trigo ou arroz?! Bom...
A destacar, no entanto, o entusiasmo que a ideia criou na malta da aldeia, que não deixa organizar as marchas desde há seis ou sete anos - o que é bem interessante. Mas talvez valesse a pena que se informassem bem sobre o que, de verdade, são umas marchas populares!
As tuas melhoras!
Teu,
1.Dois
PS: Gostei de ler a tua descrição da ida às analises!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

* A SORTE DOS HOMENS QIANDO TÊM DE FAZER ANÁLISES CLÍNICAS!!!...


CARO RIBEIRENSE
NO ESTRANGEIRO:

Parece que perdemos uma data de coisas de Óis nos últimos tempos, por exemplo um passeio político-turístico ali para o norte. Mas realmente tenho andado de cócoras com a saúde e sem pachorra para isto dos blogues.
A coisa mais engraçada destas semanas foi a minha ida às análises, onde a senhora da bata branca me estendeu um frasquinho e indicou a casa-de-banho. Olhei para o tubo finíssimo e pensei, cá para comigo: "Será que os pipis das outras meninas atinam com este buraquinho tão pequeno e não entornam nada? Será? Será o meu um indisciplinado, um vesgo?".
Não tive coragem de perguntar, mas, olha, fiquei a pensar na sorte que os homens tem, no que diz respeito a estas coisas.
Amanhã, não vou ter hipótese nenhuma de ir ver as marchas, pois ainda não posso pôr o nariz fora da porta.
Tua,
2.Dois