quarta-feira, 2 de julho de 2008

* O FEIJÃO DA NOSSA HORTA E AS DORES SOFRIDAS DO MEU CORPO!!!!




MEU MIGO
RIBEIRENSE:


Muito me contas tua da ida ao pátio de lá de casa, consigo imaginar o meu pai a esfarripar o bacalhau na dispensa, para comer umas boas taliscadas cruas e bem salgadas. Bem o avisa a minha mãe, por causa da saúde dele, mas liga ele bem pouco!
Vocês em tainadas e eu por aqui, meio moribunda, com a pior disposição física dos últimos tempos, inquieta e chata como não me lembro.
Ando de cara feia e desmaquilhada, sobrancelhas arqueadas, lábios cerrados e voz grossa, sempre a tossicar, pareço uma velha. Tudo o que me dizem e tudo o que não me dizem, tudo me faz acender o pior de mim. Hoje, então, nem te digo, foi dos piores dias, depois de vir da consulta, consegui discutir com toda a família várias vezes e se queres te digo, nem me reconheço, nem eu mesma me consigo aturar. Os adoslecentes cá de casa, dizem-me que isto é da idade e isso ainda me irrita mais.
Para acabar em melhor tom, comi hoje um feijão verde divinal, com bacalhau cozido. Quem, tem uma mãe destas, tem tudo. Pronto, tá bem, e quem tem um amigo destes, que nos traz a hortaliçazinha fresca da aldeia!
Beijos para vocês!
Tua,
2.Dois

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