sexta-feira, 6 de julho de 2007

* A POLÍTICA E OS JACINTOS DA PATEIRA

Meu caro

e hoje distante amigo:

A tua provocação e convite para ir ver Giberto Gil, como já sabes não pode ser aceite. Até que eu gostava: aprecio a extraordinária voz de Mariza (com um z...) e tenho-me de grandes respeitos pela enorme carreira do irmão brasileiro das cantigas e do violão. Mas não dá!!

Mas retenho-me sobre a tua explanação sobre a vida dos independentes, para te dizer que não concordo muito com o que disseste. Acheio os teus argumento até exagerados e deslocados.

Ser independente, em política, é não ser pau mandado dos interesses dos grandes e outros, é pensar e decidir por si mesmos, sem as amarras de uns senhores que querem, podem e mandam os escravos seus co-militantes dobrarem a espinha aos «interesses superiores dos seus partidos».

Concordo contigo: os independentes deram uma lição à partidocracia local. Não a deixaram enviuvar, é verdade - e esta da viuvez, neste caso, é uma bela expressão!!! - enquanto alguns grandes líderes puseram o rabo entre as pernas e se desresponsabilizaram das suas competências públicas e obrigações sociais.

Por estas e por outras é que parecemos às vezes mais pobres que o que somos, não fazemos o que somos capazes e nos deixamos enredar por caminhos que não levam a porto certo: ao desenvolvimento e ao futuro melhor! Repetimo-nos em experiências e abacocamos os nossos valores.

Dá-me, logo que puderes, novidades do concerto!

E o que me dizes tu, da limpeza dos jacintos da pateira?
Tua,
2.Dois

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